Se você nasceu antes da década de 90, suas pesquisas escolares não devem ter fugido muito desta rotina: o professor anunciava o tema – podia ser mitocôndrias, guerras púnicas ou triângulos equiláteros, não importava muito – e imediatamente tinha início uma corrida à biblioteca da escola. Se você não era o felizardo a chegar primeiro – e você nunca era –, o caminho era buscar as bibliotecas públicas. Era preciso procurar o título nas fichinhas em papel datilografadas, pedir o livro ao bibliotecário, torcer para a obra estar disponível e em bom estado, para só então começar a pesquisar para valer. Aí era encarar a fila para tirar xerox da parte que mais importava, ou copiar os trechos à mão.
A internet mudou tudo isso. Hoje, com um clique e sem sair de casa, é possível ter acesso a informações que antes levavam dias para obter. A oferta de livros eletrônicos para computadores, tablets e smartphones cresce rapidamente e na internet não faltam links para arquivos gratuitos de títulos de domínio público, que podem ser copiados ou impressos livremente. O que não mudou é o desejo humano de guardar todo o conhecimento disponível – ou, pelo menos, o que for possível disso – em um único lugar: a biblioteca.
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