Aconteceu na última quinta - feira, em Porto Alegre a 4ª edição do Seminário de Educação Empreendedora. Este evento é parte da Feira do Empreendedor, promovida pelo SEBRAE. Estiveram presentes na ocasião, professores cursistas do SIEMP, além da Equipe do NTE de Caxias do Sul.
Os professores assistiram as palestras Gestão do Conhecimento: Um desafio necessário ministrada pelo palestrante Mário Sérgio Cortella e Wikipédia e Educação: uma via de mão dupla?, ministrada por Oona Castro.
Mário Sérgio Cortella é Filósofo, com mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, na qual é professor-titular do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Educação e por 32 anos atuou no Departamento de Teologia e Ciências da Religião. Professor-convidado da Fundação Dom Cabral e do GVpec da FGV/SP, escreve regularmente artigos em revistas e jornais de circulação nacional e participa (como âncora, debatedor e comentarista) de programas de televisão e rádio. Consultor e conferencista nas áreas de Filosofia, Ciências da Religião, Ética e Responsabilidade Social, Educação e Gestão do Conhecimento em universidades, redes de ensino, organizações da sociedade civil e empresariais. Professor “Honoris Causa” da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo(FACESP), foi Assessor Especial e Chefe de Gabinete do Prof. Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989- 1991), a quem substituiu no cargo de Secretário.
Participou de Diversos Conselhos de Administração, entre eles do Conselho de administração e Finanças da PUC/SP (1985/1988), do Conselho de Curadores da Fundação Padre Anchieta Rádio e Televisão Cultura) (1991/1992), da Assembléia Geral do Instituto de Políticas Públicas Florestan Fernandes e diversos outros. Foi apresentador dos programas de TV Diálogos Impertinentes (PUC-SP/Folha de S. Paulo/SESC/SP). AUTOR, entre outras obras, de Descartes, a paixão pela razão, 1989; A Escola e o Conhecimento (fundamentos epistemológicos e políticos), 2008; Nos Labirintos da Moral (com Yves de La Taille), 2009; Não Espere pelo Epitáfio (Provocações Filosóficas), 2009; Não Nascemos Prontos! (Provocações Filosóficas), 2009; Sobre a Esperança: Diálogo com Frei Betto, 2009; Liderança em Foco (com Eugênio Mussak), 2009; Filosofia e Ensino Médio: certas razões, alguns senões, uma proposta, 2009 e Qual é a tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética, 2009.
Para exemplificar sua busca por entendimento ao público mais jovem, Cortella revelou que durante a viagem que o trouxe a Porto Alegre ouviu músicas da cantora Lady Gaga. “Usei uma música da Lady Gaga para abrir uma aula de filosofia na faculdade. É uma forma de tornar o conteúdo mais atraente para os alunos, que são jovens de 18 anos que não vão se interessar por assuntos abstratos”, ensinou. “Crianças e adolescentes adoram a escola, eles não gostam é das nossas aulas, que tratam de coisas distantes da sua realidade.”
O professor lembrou que este público nasceu na era da internet e, consequentemente, do excesso de informações. “Informação gera conhecimento. Eu sei coisas que vocês não sabem, e vocês sabem de coisas que eu não sei. Juntos, colaboramos”, ponderou o especialista, lembrando que até algum tempo atrás, a competência era entendida como algo individual. “Agora, tendo em vista a interdependência existente, é preciso pensar que a minha competência acaba quando acaba a do outro,” analisou.
Ao falar sobre “Gestão do Conhecimento: um desafio necessário”, o filósofo lembrou a escritora Clarice Lispector. “Clarice costumava dizer que o melhor dela era aquilo que ela ainda não sabia, por lá estava a chance de crescimento. Só quem tem dúvidas avança”, afirmou Cortella, lembrando que bons empreendedores precisam ser audaciosos, não aventureiros. “A pessoa audaciosa se prepara antes de avançar, a aventureira testa para ver no que dá”, afirmou o professor, lembrando da necessidade que de estudo e boa base de informações também para empreendedores.
Oona Castro é consultora independente da Wikimedia Foundation no Brasil. Ocupou cargos de direção e coordenação no Instituto Sociocultural Overmundo, foi gestora do projeto Open Business Models – América Latina no Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro e co-autora do livro “Tecnobrega: o Pará reinventando o negócio da música”. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e atualmente estudante de mestrado na Escola de Comunicação da UFRJ, Oona Castro trabalhou no Governo Eletrônico e na Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura do Município de São Paulo, bem como nos departamentos de comunicação do Conselho Britânico e do British Tourist Authority. Oona Castro também é integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social desde sua fundação.
Oona imagina um mundo em que todo ser humano tenha livre acesso à soma de todo o conhecimento. Por conta disso, para ela, a palavra de ordem é colaboração. “A ideia de que os consumidores de informação também podem ser produtores de conteúdo não é nova. Apenas se tornou mais evidente com a internet. A voz e a fala, por exemplo, são uma forma de tecnologia”, compara a representante da Wikimedia Foundation no Brasil.
Na palestra Wikipédia e Educação: uma via de mão dupla? Oona explicou que há professores aproveitando a rede social como ferramenta para ajudar a ensinar seu conteúdo de aula e atingir o objetivo do aprendizado. Já outros educadores compartilham com o mundo o trabalho realizado com seus estudantes. “As crianças atuais já são produtoras de conteúdo. Precisamos nos conectar com o mundo delas, sem deixar de lado uma leitura critica dos meios de comunicação na relação ensino-aprendizado”.
Saiba mais em: http://feiradoempreendedor-rs.com.br/2012/